segunda-feira, 22 de junho de 2015

Memórias que Não se Apagam

Ainda me lembro de quando era pequena e seguravas a minha mão com força, para não te fugir. Agora sinto que a tua mão fugiu e não volta mais. O vazio que ela deixou é impossível de preencher, mas ainda temos as nossas memórias.
São elas que me lembram que partiste, mas deixaste o melhor de ti um pouco por todo o lado e sempre que quiser posso ter essas partes de ti comigo nas pequenas coisas.
Gostava que aqui estivesses para me poderes dizer que vai ficar tudo bem, que há sempre uma solução para tudo, como sempre me demonstraste. Lembras-te de quando parecia que nada podia piorar? O teu sorriso e o teu olhar ternurento sempre fizeram com que eu pensasse que havia esperança.
Guardo-os na minha memória como se fossem um tesouro muito valioso que devo e quero muito preservar.
Será que tens orgulho na pessoa em que a tua menina se tornou? Tentei sempre dar o melhor de mim aos outros, tal como tu me ensinaste, mas como sabes nem sempre é fácil.

Se algum dia eu disser que não me lembro de ti, do teu olhar, do teu sorriso, da tua voz, então uma parte de mim simplesmente morreu.

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