sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

Voluntariado na Comunidade Vida e Paz

No último fim de semana, mais precisamente no dia 27 de Janeiro, tive oportunidade de me juntar a equipa de voluntários da Comunidade Vida e Paz e ajudar a distribuir refeições aos sem abrigo de Lisboa. Para quem não sabe, esta comunidade trabalha junto de sem abrigo ao distribuir refeições todos os dias a noite. Através da equipa de voluntariado dos Maristas, que contactaram a comunidade, pude eu mais três colegas e dois professores juntar-nos a uma equipa e partir na rota A. Esta rota começava nas ruas de Alvalade e acabava no rossio, perto da baixa de Lisboa.

No início da rota ficamos na carrinha enquanto duas das voluntárias distribuíam os sacos com as refeições e falavam um pouco com as pessoas. Isto aconteceu porque como era a nossa primeira vez, tínhamos de ver como nos aproximar e abordar as pessoas. Ainda nas ruas de Alvalade fomos a pontos específicos, já conhecidos por todos os voluntários de maneira a cobrir a maior área possível. Com o decorrer da noite e do percurso começamos a sair e chegamos ao primeiro grupo, este encontrava-se perto de uma igreja e eram cerca de dez pessoas. Uma coisa curiosa que todos reparamos foi que as pessoas se encontravam felizes e em bom ambiente sendo que um deles até estava a varrer o passeio, era como se estivesse a manter a casa limpa e a cuidar da mesma. Reparámos também que este grupo tinha um cão de modo a proteger-se e como companhia.

À medida que íamos avançando no percurso chegamos a conclusão que o que as pessoas mais nos pediam era leite e iogurtes, não sabemos bem porque mas tentámos arranjar algumas explicações como o facto de serem produtos mais caros ou então devido a problemas dentários e serem alimentos fáceis de ingerir. Passamos também por algumas situações mais extraordinárias e que chocam um pouco, porque achamos sempre que só acontecem nos filmes. Por fim, ao chegar o rossio encontramos um grande grupo e foi a paragem mais longa, pudemos ouvir algumas histórias e fazer companhia o que também é importante.

Decidi partilhar esta experiência não só pelo carácter da mesma mas para não nos esquecermos que podemos ajudar nas coisas mais simples, no dia a dia e nas mais variadas situações. Esta experiência marcou-me e fez-me olhar para as coisas de outra maneira, apreciar os gestos simples e aquilo que tenho.

Cata

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